Na sexta-feira passada aconteceu em nossa escola o 2º Encontro ECOS.
O tema do encontro foi A FAMÍLIA E O CONSUMO INFANTIL. Iniciamos com uma dinâmica, onde cada participante recebeu uma folha lisa e, um de cada vez, fez uma bolinha dizendo uma característica de seu filho e passaria sua bolinha para o próximo que faria o mesmo, mas envolvendo a bolinha que recebeu com a sua folha e assim sucessivamente, e terminou no final do encontro com uma reflexão sobre as marcas que nossos filhos carregam, boas ou ruins.
Após, ouvimos a música Pais e Filho do Legião Urbana e a parir dela conversamos sobre a preocupação da sociedade com o dinheiro e muito pouco com a afetividade e o carinho que deve haver no seio familiar.
Em seguida assistimos três filmetes que, podem ser vistos clicando no nome deles, e em seguida de uma roda de conversa sobre eles:
A constatação após a conversa foi de que a mídia, principalmente televisiva, bombardeia nossos filhos constantemente incentivando-os o quererem todo tipo de brinquedo, roupas de marca, celulares entre outros. Isso gera na criança uma insatisfação constante, pois a cada dia saem novos utensílios, semelhantes aos que eles já têm, deixando-os insatisfeitos com o anterior.
E ainda tem a situação onde os pais, às vezes, não podem comprar o que o filho resolveu que quer e sentem-se frustrados ou outra situação, que consiste nos pais que querem suprir tudo o que não teve em sua infância ou ainda querem suprir sua ausência por não terem tempo para ficar junto com seu filhos devido ao trabalho.
As músicas que estão nas parada musicais estimulam o erotismo, falam sobre sexo, as vezes abertamente, as vezes subtendido. As crianças desde muito pequenas já imitam as dançarinas seminuas dos programas de televisão ou das festas funk, baladas etc.
Temos ainda os pais que compram roupas para seus filhos de modo que eles fiquem parecendo mini adultos. As meninas usam maquiagem, tinturas no cabelo, esmaltes, saltos altos como se fossem adultas.
Os referenciais de nossas crianças estão empobrecidos.
A sociedade capitalista em que vivemos avalia o cidadão pelo que ele tem: dinheiro, roupas, fama. Ela cria mecanismos para fazer essa separação entre os que têm muito e os que têm pouco, como por exemplo, um shopping cobrar R$ 4,00 para estacionar o dia inteiro e outro cobrar R$ 20,00 para estacionar durante duas horas.
Se não tomarmos cuidado e darmos a devida atenção às nossas crianças, elas desenvolverão esse senso de avaliação como critério para selecionar seu rol de amizades, fazendo assim discriminação, acepção de pessoas.
Ao voltarmos para a continuação da dinâmica, cada um foi desfazendo a grande bola de papel e ficando com uma folha (representando o filho) e tentando desamassá-la, sem conseguir, pois tem marcas na folha que não saem e isso ocorre com todo indivíduo que passa pela vida. Ele recebe marcas que podem ser boas ou ruins, mas serão elas que definirão como esse indivíduo será no futuro. O estudante recebe marcas de sua família, de seus amigos, de sua comunidade, da escola, de seus professores e assim por diante.
Que marcas estamos deixando nos outros?
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